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O pensamento comunista me trás sentimentos de profundo amor. É como as gotas de chuva para as plantas depois de um longo período de estiagem: vem para purificar e dar lugar a nova estação.

Miriam Pacheco S. Seixas

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Informativo sobre Hepatite B

20/05/2009 , às 16h48

Ministério e secretarias sensibilizam população


A vacinação das pessoas será feita nos 11 estados brasileiros
nos quais a cobertura vacinal contra a doença está abaixo de 50%

Na semana de Luta Nacional contra as Hepatites Virais, o Ministério da Saúde e 11 Secretarias Estaduais de Saúde intensificam a mobilização para vacinar adolescentes entre 10 a 19 anos contra hepatite B. A notificação de casos de hepatite B subiu cerca de 90% em uma década. Em 1997, foram registrados 6.098 casos. Em 2007, 11.560. Ao todo, de 1999 a 2008, foram notificados 107.346 casos de hepatite B no Brasil.
Será vacinada a população na faixa etária entre 10 a 19 anos. Isso se justifica, pois, somente em 1998, a vacina contra a hepatite B foi incluída no calendário nacional de vacinação infantil. Muitas das crianças e adolescentes nascidas antes de 1997 não foram imunizadas.

Em Alagoas, as localidades de Maceió, Passo de Camaragibe, Marechal Deodoro, União dos Palmares, Arapiraca, Campo Alegre, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Pilar, São Miguel dos Campos e Viçosa serão priorizadas no estado (veja número de casos em cada localidade, em quadro abaixo).

Em Goiás, as localidades de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Itumbiara, Ceres, Jataí, Rio Verde, Novo Gama, Planaltina, Formosa e Luziânia.

Na Bahia, Salvador, Feira de Santana, Juazeiro, Ilhéus, Vitória da Conquista, Porto Seguro, Camaçari, Buerarema, Itamaraju, Brumado e Senhor do Bonfim.

No Ceará, Fortaleza, Sobral, Caucaia, Jaguaruana, Maracanaú, Crateús, Aracati, Aracoiaba, Canindé, Iguatu e Juazeiro do Norte.

No Maranhão, São Luís, Caxias, Imperatriz, Itapecuru Mirim, Açailândia, Coroatá, Barreirinhas, Barra do Corda, Santa Inês, São Bernardo e Paço do Lumiar.

No Mato Grosso do Sul, as localidades de Campo Grande, Três Lagoas, Dourados, Sonora, Nioaque, Aquidauana, Nova Andradina, Ponta Porá, Paranaíba, Corumbá e Itaquiraí.

Na Paraíba, João Pessoa, Campina Grande, Pedras de Fogo, Caturité, Juazeirinho, Esperança, Guarabira, Lagoa Seca, Conde, Coremas e Lagoa de Dentro.

Em Pernambuco, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Olinda, Paulista, Petrolina, São Lourenço da Mata, Gameleira, Bom Conselho, Goiana e Garanhuns.

No Piauí, Teresina, Piripiri, Bom Jesus, Parnaíba, Santo Antônio de Lisboa, Alagoinha do Piauí, Alvorada do Gurguéia, Batalha, Buriti dos Lopes, Curimatá e Esperantina.

No Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Niterói, Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Angra dos Reis, Duque de Caxias, Macaé, São Gonçalo e Petrópolis.

No Rio Grande do Norte, Natal, Mossoró, Parnamirim, Caicó, Ceará-Mirim, Currais Novos, Extremoz, Nova Cruz, Parelhas, São Gonçalo do Amarante e Touros.

ESCOLAS - A mobilização terá início nas escolas que aderiram ao Programa Saúde na Escola (PSE), o que facilitará a atuação do MS, uma vez que nessas escolas, já são desenvolvidas ações de prevenção e promoção da saúde, como avaliações do estado nutricional, incidência precoce de hipertensão e diabetes, controle de cárie, acuidade visual e auditiva e também psicológica do aluno.

Uma das dificuldades, sobretudo com relação ao público adolescente, é que a vacina é aplicada em três doses. Educação e divulgação das formas de transmissão e dos mecanismos de prevenção da hepatite B são fundamentais. A imunização é a forma mais efetiva de prevenir esse agravo.

Por meio da integração entre o Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais (PNHV), a área Técnica da Saúde do Adolescente e do Jovem (ASAJ/DAPE/SAS), o Departamento de Atenção Básica do MS tem se articulado para a construção de estratégias de mobilização para a prevenção e controle da doença. Importante avanço a ser apontado contra a hepatite B ocorreu em 2001, quando foi estendida em todo o território nacional a imunização para grupos de maior risco, como indígenas, profissionais do sexo, pessoas que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo, profissionais de saúde, reclusos, dentre outros.

SOBRE A DOENÇA - A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou por alguma reação do organismo a substâncias tóxicas como álcool ou medicamentos. As hepatites que podem passar de uma pessoa para outra são chamadas de hepatites virais e as mais comuns são causadas pelos vírus A, B, C ou D. Por ser silenciosa e na maioria das vezes não apresentar sinais nem sintomas, a hepatite não chama a atenção das pessoas. Entretanto, há formas mais graves da doença que podem levar à cirrose ou ao câncer de fígado.

Estima-se que existam, no mundo, dois bilhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B e dessas, 350 milhões vivam com infecção crônica. No Brasil, as hepatites são doenças de notificação obrigatória e os casos são registrados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan). Desde que foi criado, no ano de 2002, o Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais (PNHV) vem desenvolvendo ações de promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e vigilância epidemiológica em todos os níveis de atenção, voltadas para o efetivo controle desses agravos, em articulação com estados e municípios.

“É importante lembrar que os casos notificados representam uma parte de todas as infecções causadas pelos vírus das hepatites, considerando o amplo espectro da doença e a proporção considerável de casos assintomáticos e não detectados”, pondera Ricardo Gadelha, coordenador do Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde.

PREVENÇÃO - Para se prevenir contra as hepatites B e C, é preciso usar camisinha nas relações sexuais; ao fazer tatuagem ou colocar piercing, exigir tinta descartável e instrumentos esterilizados; não compartilhar material para fazer as unhas e exigir utensílios esterilizados; não compartilhar lâminas de barbear ou de depilar, escovas de dentes. Caso a pessoa seja usuário de drogas, a política de redução de danos do Ministério da Saúde preconiza que ele não compartilhe seu equipamento, pois agulhas, canudos e cachimbos contaminados também transmitem hepatites B e C.

Existe vacina contra a hepatite B e o tratamento para as hepatites B e C é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para informações mais detalhadas sobre testagem, detecção e tratamento, o MS preconiza que se procure uma unidade de saúde mais próxima. É possível tirar suas dúvidas pelo Disque Saúde pelo telefone 0800 61 1997.

Clique aqui para acessar o Portal da Saúde e ver detalhes.

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