Creio que muitos ainda não ouviram falar deste jovem que luta pela desigualdade social Porém, tenho a honra de fazê-lo, por crer que o povo humilde precisa de alguém que por eles lutem e façam ouvirem seu grito.
Assim, creio que podemos ver que movimentos populares não podem ser vistos apenas como causadores de conflitos, mas uma forma de lutar contra repressão e justiça social para os fracos desta terra. Mas que a mídia 'global' sempre apresentará como sendo movimentos de 'pessoas sem causas', baderneiros.
Por isso, apresento a introdução do documentário de Gianni Miná & Manuel Vázquez Montalbán, que tive o empenho em transcrever para divulgar o novo rebento da esperança social:
“11 de março de 2001, em Zocalo, Cidade do México, uma maré humana acompanha um carro de boi puxando a cabine de um caminhão que leva o comandante zapatista de Libertação Nacional que há sete anos (data do vídeo), entrou em guerra contra o Estado mexicano para exigir os direitos negados aos herdeiros do povo maia de Chiapas.
Na longa caminhada, atravessando 12 estados da confederação a vanguarda de um povo milenar escoltada pelo Subcomandante Marcos, um jovem intelectual convertido à cultura indígena e pelo arquiteto Yanez, um veterano combatente social parece ter coroado o sonho de tantos povos esquecidos do mundo e pode gritar:
‘Aqui estamos, nós existimos!’.
Estes combatentes que, em vez de medalhas, exibem o pão pelo qual lutam também têm um hino cantado por um comandante escolhido.
Parece uma paródia da luta armada. Mas este exército de pobres, que se rebelou em 1 janeiro de 1994 em Chiapas, um dos estados mais ricos e atrasados do México atingiu um objetivo político que vai além das 250 mil pessoas reunidas em Zocalo e um triunfo com que foi recebido em seu itinerário.
O ELZN que veio à cidade desafiar o, então, presidente Vicente Fox, um defensor da economia neoliberal e pedir para ser ouvido no Parlamento transformou uma lógica política do país que parecia imutável decretando a queda do Partido Revolucionário Institucional que comandava o México havia mais de 80 anos e ditando ao país uma nova agenda de prioridades sociais que é quase o prólogo do movimento de antiglobalização que agora chamamos de “O Povo de Seattle”.
Os sucessos dos maias de Chiapas com as estratégias do subcomandante Marcos podem não ter conquistado a Bastilha, mas parecem ter mudado a vida do México.
Discurso Del Subcomandante Marcos:
‘- México, não viemos dizer o que vocês devem fazer, nem levá-los a lugar nenhum.
Viemos pedir, humildemente, respeitosamente, que nos ajudem.
Não permitam que volte a amanhecer sem que esta bandeira (mexicana), tenha um lugar para nós que somos a cor da terra. Obrigado.’
Este trecho foi transcrito a partir do documentário de Gianni Miná & Manuel Vázquez Montalbán.
Veja um das dezenas de vídeos do YouTube sobre este jovem:
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